2006-12-18

Trocaram-me as voltas ao caminho. Mais voltas, sem perder o Norte, nem as convicções. O Jorge, que voltou a fazer um disco dos bons, empresta-me algumas palavras Vamos enganar o tempo saltar para o primeiro combóio que arrancar da mais próxima estação! Para quê fazer projectos quando sai tudo ao contrário? Pode ser que, por milagre, troquemos as voltas aos deuses Entre o caos e o conflito a vontade e a desordem não podemos ver ao longe e corremos sempre o risco de ir longe demais ...... Volto as costas ao vazio procuro o vento frio o caruncho pode desfrutar do meu velho sofá deixo as manchas de café o candeeiro de pé vou em busca do meu Norte ... Quantos pontos cardeais ficarão no cais da solidão? Quantos barcos irão naufragar quantos irão encalhar na pequenez da tripulação? Confio às constelações as minhas convicções quebro o gelo que se atravessar no rumo que eu escolhi o astrolábio que há em mim vai respirar enfim hei-de alcançar o meu Norte